Quando fiz minha primeira Especialização (Psicopedagogia), descobri ter agido intuitivamente, quando usei a linguagem para os meus filhos no ventre materno.Tínhamos horário para conversa,contar história,ouvir música e acertar combinados.
Com o passar do tempo observamos que a comunicação parental de nossa família tinha suas diferenças em relação às outras.Crianças amáveis, sensíveis,atenciosas, solidárias, generosas com noção de análise, síntese e muita criatividade.
Em 2000 quando desenvolvia o Projeto Educativo de Rádio no presídio muito me preocupou, quando observei a média de população jovem ali trancafiada. Minha angústia aumentou pois em dia de visita,presenciei desde bebês engatinhando e aprendendo a andar pelas escadas do prédio à crianças maiores fazendo de playground as pedras(camas) onde os pais dormiam e também as jovens mulheres que ali engravidaram de seus parceiros, demonstrando, ser tudo "normal".
Não tive dúvida que estava na hora de fazer a minha parte, e neste mesmo ano comecei com palestras em Reuniões de Pais nas Escolas, serviço de Pré-Natal, entrevistas de rádio e televisão.
Por ser considerado inovador o PROLER - Programa Nacional de Leitura da Baixada Santista,interessou-se em executá-lo na cidade de Santos, cidade vizinha de Cubatão, onde nasceu nosso trabalho. Pelo fato do método exercitar o hábito de leitura, muitas mães analfabetas buscaram as salas de aula para se alfabetizarem e continuarem com os estudos.Devido a isso conseguiram melhora na sua condição financeira, arrumando empregos melhores ou até mesmo o primeiro trabalho e, para minha alegria, outras dedicaram-se a multiplicar este trabalho em sua comunidade.
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